Ica

Quando fomos a Paracas, aproveitamos para conhecer Ica, uma cidade que fica a 80km de distância e onde são encontradas as bodegas de pisco do Peru e o incrível oásis da Laguna de Huacachina.

Como comentamos quando falamos da Reserva Nacional de Paracas, havíamos fechado os passeios com uma agência de viagem em Lima, e uma agência de viagem em Paracas ficou responsável pelo transporte e guia. Dessa forma, uma van foi nos buscar no hotel às 10h e seguimos por 50 minutos até Ica.

Achamos bem interessante o fato de encontrarmos várias plantações ao longo do percurso, levando em consideração que estávamos no deserto e que poderia ter tanta agricultura em condições climáticas desérticas.

Plantações no deserto

Nossa primeira visita foi a uma bodega de pisco artesanal de 1809. Provamos alguns tipos de vinhos e também o pisco, que é uma cachaça de uva (muuuuuito forte!).

Bodega de Pisco

Se não cuidar, sai de lá assim… rsrs

As bodegas onde são armazenadas o pisco

Coloca esse bambu dentro da bodega para pegar o líquido e…

Depois serve o vinho e o pisco

Os meninos não podiam beber, mas não significa que não prestavam atenção

Interior da Bodega

Depois fomos a outra bodega, essa um pouco maior, onde tivemos uma explicação sobre a produção artesanal do pisco. Também há uma degustação ao final que é gratuita.

Existem várias bodegas de pisco em Ica, então o local visitado pode variar bastante.

Saindo das bodegas, demos uma volta pela cidade e pela Plaza de Armas, mas não descemos da van.

Ica

Plaza de Armas de Ica

Paramos num tal de Parque de las Brujas Cachiche, mas a verdade é que era uma grande bobagem, um ponto turístico produzido, um típico “pega-turista”. Não recomendo! Melhor mesmo é seguir direto para Huacachina, um oásis natural entre as dunas de areia do deserto. É de lá que saem os passeios de tubalares, que são como os buggies, e é bem radical.

Parque de las Brujas de Cachiche

A tal bruxa

Tinha umas raízes em formato de animais.

Diziam que tinha que abraçar essa árvore e fazer um pedido.

O passeio de tubulares dura 1 hora e custa 40 soles. O tubular segue pelas dunas em alta velocidade, descendo e subindo de forma que nos sentimos numa montanha-russa. É meio assustador em alguns momentos, principalmente quando não sabemos o que há do outro lado da duna. Mas é divertido. Senti falta de maiores preocupações com questões de segurança. Por exemplo, o motorista sequer verificou se todos os passageiros estavam com os cintos antes de começar a aventura. Parece que a coisa corre meio solta e, por mais que possa ser apenas impressão, acaba passando uma certa insegurança. Preferimos colocar os meninos no centro, entre nós, apesar de não ter qualquer orientação quanto a isso por parte da empresa. Inclusive, a criança que estava na nossa frente foi na ponta, e ficou aquela sensação de que ela ia sair voando a qualquer momento. Dá para fazer o passeio com os pequenos e eles curtem bastante (ainda mais se gostam de experiências mais radicais), porém é importante tomar as suas próprias medidas de segurança.

Em um momento, o carro para no alto de uma duna e todos descem para tirar fotos e para experimentar o Sandboarding. O motorista entrega as pranchas para cada passageiro e explica como descer a duna.

Não é como o skibunda que já fiz pelo Nordeste do Brasil. Aqui as pessoas vão deitadas, como um mergulho duna abaixo. Não gostei muito! As crianças também podem descer. O Gabriel chegou a descer sozinho e sem problemas. O Matheus teve medo e quis descer com o pai, sendo que o guia coloca a criança em cima das costas do pai e é a criança tem que se segurar. O que aconteceu? O Matheus soltou e rolou. E, claro, se machucou, pois com a fricção da areia acabou queimando um pouco o braço. Nada demais, mas foi o suficiente para acabar a diversão dele. O melhor é deixar a criança ir sozinha, pois controla a própria velocidade. Da outra forma, como é ela que tem que segurar no pai ou na mãe, e não o contrário, acaba sendo inseguro.

Em Huacachina existem algumas opções de restaurantes, sendo um bom local para almoçar. Só recomendo que a pausa para o almoço seja depois do passeio de tubular, para evitar acidentes desagradáveis.

Achei Huacachina muito bonita, principalmente vista de longe. Parecia meio coisa de filme.

Oásis de Huacachina

Mas de perto não é a mesma coisa porque já está muito, como posso dizer, “fake“, sei lá. Não é aquela coisa natural, existem várias construções em volta, ou seja, já tem muita interferência do homem.

Na lagoa de Huacachina é possível alugar pequenos barcos ou pedalinhos. Também aluga-se prancha de sandboarding para quem quiser praticar sozinho nas dunas em volta da lagoa.

Voltamos para Paracas cerca de 17h. É possível fazer em apenas um dia esse roteiro que dividimos em dois dias, só fica um pouco mais corrido. Para quem não tem muito tempo, é uma boa opção, ou seja, faz-se as Islas Ballestas de manhã cedo, segue direto para a Reserva Nacional de Paracas, onde dá para conhecer de uma forma geral em umas 2 horas. De tarde, segue para Ica, visita uma bodega e encerra o dia em Huacachina. Independente de como for, é mais uma opção que o Peru oferece de beleza natural e entretenimento para toda a família.