Nossa viagem começava e terminava em Chicago, com um intervalo de 18 dias entre os voos de ida e volta, de forma que a ideia era pegar o carro e sair rodando nesse período. Não havia 100% de certeza do que conseguiríamos realmente fazer, devido ao período de inverno, e tínhamos apenas um roteiro preliminar para orientar. Reservei alguns hotéis com cancelamento gratuito e deixei algumas noites em aberto para reservar de acordo com a cidade que conseguíssemos chegar para dormir. Não compramos praticamente nenhuma atração antecipada, exceto os jogos de futebol americano em Dallas e o de basquete em Chicago. Também comprei logo nossa passagem no trecho doméstico, de Dallas para Chicago, com a Southwest.
Então, tudo que realmente sabia era que tínhamos que estar em Dallas no dia 24 de dezembro para pegar o voo de volta para Chicago. Fora isso… fomos pegando a estrada. E no fim saiu tudo quase perfeitamente conforme o planejado, isso porque não pegamos neve, nem tivemos qualquer grande imprevisto durante a viagem. Vou fazer um relato geral passando o roteiro (o teórico e o da prática) e depois farei posts específicos de cada cidade. Vamos lá!
Dia 1 – Saímos de São Paulo rumo a Chicago com conexão em Detroit pela Delta Airlines. Gostamos da companhia aérea, mas a comida deixou a desejar. Os assentos tinham telas individuais no trecho SP-Detroit e entregavam kits com fones de ouvido, tapa-olho e tampão de ouvidos.
A conexão em Detroit foi tranquila, passamos pela imigração rapidamente, sem muita fila. O fuso horário era de 3 horas a menos em relação a Brasília.
O voo para Chicago é bem rápido, apenas 40 minutos, mas o fuso é diferente de Detroit, diminuindo mais 1 hora, totalizando agora 4 horas de diferença de Brasília. Nesse voo não teve nenhum serviço de bordo.
No aeroporto de Chicago (O’Lare), pegamos o shuttle para a locadora de veículos. Passam ônibus regularmente das diferentes empresas. Em 5 minutos estávamos na Alamo e a temperatura já era de doer, -6ºC.
Pegamos direto a estrada para Indianapolis e, na saída de Chicago, já percebemos que o trânsito era complicadíssimo ali.
Foram 300Km até Indianápolis por estradas em ótimo estado de conservação, com vários e bons pontos de parada (as Rest Areas, que possuem banheiros e máquinas de bebidas e lanches, além dos postos de gasolina e dos fast foods).
A ideia inicial era passar em algumas lojas quando chegássemos a Indianápolis com objetivo de comprar o que precisávamos para enfrentar o frio. A cidade conta com várias opções de compras como Target, Burlington Coat Factory, entre outras. Mas acabamos indo apenas em busca de algumas coisas básicas no Walmart próximo ao hotel e retornamos para descansar da viagem, até porque perdemos 1 h de fuso horário, de novo.
Dia 2 – Começamos logo acalmando os ânimos das crianças e fomos ao Children Museum of Indianapolis, considerado o maior museu da criança do mundo. Realmente é enorme e muito divertido. Nosso almoço foi no próprio museu, que conta com uma praça de alimentação com opções de lanche como pizza, cachorro-quente, hambúrguer.
Já no fim da tarde, seguimos para o Indianapolis Museum of Art, que fica próximo ao museu da criança. A entrada é gratuita.
Agora, sim, seguimos para algumas compras e depois jantamos num Red Lobster.
Dia 3 – Seguimos para Downtown a fim de conhecer mais de Indianapolis. Estacionamos o carro em frente ao World War Memorial, na própria rua, que tem parquímetros. Deve-se ficar atento ao tempo do parquímetro porque os policiais ficam passando regularmente, multam e recolhem o carro com guincho (quase aconteceu conosco).
Passeamos pelo Veterans Memorial Plaza e pelo Soldiers and Sailors Monument (que tem um nível de observação).
Vimos a Christ Church Cathedral, fomos caminhando até o Canal Walk e o White River State Park e retornamos para o Circle Center, um shopping, onde almoçamos no Johnny Rockets.
Por volta de 14h, seguimos para o Indianapolis Motor Speedway para dar um volta na pista oval e conhecer o Hall of Fame.
Tínhamos alguns pontos extras (parques) para visitar caso desse tempo, mas acabamos não indo: Fort Harrison State Park, Lilly Recreation Park, Garfield Park.
Dia 4 – Seguimos para Nashville. Foram 460km e cerca de 4h e meia de viagem. Deslocamento bem tranquilo. Passamos por Louisville no caminho, a cidade mais populosa do estado do Kentucky.
Chegamos a Nashville no horário do almoço e descobrimos que ganhamos 1 hora, já que o fuso horário mudava (mais uma vez) em relação a Indianápolis (voltávamos ao fuso de Chicago, 4 horas a menos que o Brasil). Fomos direto para o Centennial Park, onde almoçamos enquanto esperávamos o Parthenon abrir. Pela região existem algumas opções de fast food (McDonalds, Wendy’s, Chilli’s, TacoBells, Five Guys)
Depois de visitado o Parthenon, seguimos para o hotel que ficava em Downtown, deixamos as bagagens e fomos caminhar pelo centro. A ideia era fazer o tour pelo interior do lendário Ryman Auditorium, mas o tempo já estava apertado e, se fizéssemos o tour, poderíamos não conseguir pegar o Country Music Hall and Fame Museum aberto. Tínhamos que optar e escolhemos o museu.
Saindo do museu, fomos caminhar pela Broadway Street, que é repleta de bares e restaurantes com música country ao vivo. Optamos pelo Rippy’s, que tem vários ambientes, cada um com alguma apresentação musical.
Como queríamos conhecer Graceland, a casa do Elvis Presley em Memphis, ficamos apenas 1 dia em Nashville, e digo que é muito pouco. A cidade vale, no mínimo, mais 1 dia, que dê para conhecer melhor o Ryman Auditorium e assistir a uma apresentação no Opry, entre várias outras opções que Nashville oferece.
Dia 5 – Antes de seguir para Memphis, não podíamos deixar de conhecer a Belle Meade Plantation. Ficava no caminho, então paramos lá antes de seguir viagem. Fizemos o tour pela mansão, conhecemos as instalações da fazenda e por volta das 11h estávamos pegando a estrada novamente.
A viagem para Memphis levou pouco mais de 3 horas (341km), de forma que chegamos a Graceland por volta das 14h, tempo suficiente para conhecer a casa do Elvis. Optamos pelo tour apenas pela mansão.
Ainda eram 16h quando acabamos o passeio e tínhamos a opção de permanecer em Memphis e conhecer a Beale Street, ou seguíamos pela estrada até onde conseguíssemos, de forma a ficarmos mais próximo de New Orleans, onde queríamos conhecer várias atrações. Acabamos optando pela estrada, já que quanto mais cedo chegássemos a New Orleans, melhor seria. Dessa forma, dormimos em Jackson.
Dia 6 – Saímos de Jackson cedo, tendo conhecido a cidade apenas de carro, e seguimos para New Orleans. Como chegamos ainda de manhã, mudamos o roteiro original e fomos direto ao Mardi Gras World. Acredito que o ideal era ter seguido direto para as Plantations, que já ficavam no caminho e ganhava-se tempo de deslocamento, mas só pensei isso no dia seguinte quando estávamos nos deslocando para as Plantations e retornando um bom trecho da estrada que havíamos rodado na chegada.
Depois do Mardi Gras World, fomos para o hotel e conseguimos fazer um Early Check-In. Deixadas as bagagens, era hora de bater perna no French Quarter. Almoçamos no Hard Rock Cafe, apesar de que nosso plano inicial era almoçar no restaurante Galatoire’s, mas estava muito cheio.
Conhecemos toda a região do French Quarter, a Jackson Square, a orla do rio Mississippi, a St Louis Cathedral, o French Market, a famosa Bourbon Street. Experimentamos os Beignets no Cafe Du Monde e jantamos no Bubba Gump enquanto esperávamos a hora (20h) da apresentação de Jazz no Preservation Hall, que permite a entrada de crianças.
Dia 7 – Esse foi o dia de conhecer as Plantations (acabamos indo apenas a Oak Alley Plantation) e fizemos o passeio pelo Pântano da Louisiana.
De tarde, pegamos o Street Car em direção ao Garden District e passeamos pelo bairro e pelo Audubon Park.
Voltamos para o French Quarter e jantamos no tradicional restaurante de comida crioula, The Court of Two Sisters.
Dia 8 – Era dia de voltar para estrada, mas agora seguiríamos para oeste, em direção a Houston. Foi a maior distância que percorremos direto, 560km, em 6h de viagem. Nesse dia não tínhamos nada planejado de atrações, já que não sabíamos que hora iríamos realmente chegar a Houston, de forma que fomos para o Premium Outlet e aproveitamos o resto da tarde e a noite para fazer umas comprinhas.
Dia 9 – Compramos o CityPASS e começamos o dia no Museum of Natural Science, depois fomos para o Children Museum, enquanto meus pais foram para o Museum of Fine Arts.
Como estava chovendo, tivemos que alterar o roteiro original, já que a ideia era caminhar por Downtown. Acabamos indo para o Downtown Aquarium esperar a chuva passar e almoçamos no restaurante do aquário.
A chuva deu trégua e conseguimos passear pelo centro. Fomos até o JP Morgam Chade Tower e subimos ao Skylobby (gratuito) para uma vista de Houston. Depois caminhamos pela Herman Square, Tranquility Park, City Hall. Foi o que deu para conhecer devido à chuva, mas existem outros pontos em Downtown: Discovery Green, Houston Center.
Dia 10 – Fomos conhecer o centro espacial da NASA, o Jonhson Space Center, e depois esticamos para o Kemah Boardwalk.
Dia 11 – Voltamos para a estrada, agora tendo como destino Dallas (384Km, em 4 horas de viagem).
Chegamos a Dallas ainda antes do almoço e fomos para Downtown. A primeira parada foi a Reunion Tower. Depois caminhamos até Dealey Plaza, mas não chegamos a conhecer o The Sixth Floor Museum porque tínhamos o jogo da NFL no AT&T Stadium e seguimos para lá. Experiência incrível, por sinal.
Dia 12 – De manhã fomos para Fort Worth e conhecemos o Stockyard, que fica a 55km de Dallas.
A tarde foi destinada a compras no Outlet.
Dia 13 – De manhã, levamos as crianças ao LEGOLAND Discovery Center; e de tarde fomos curtir o Six Flags Over Texas.
Dia 14 – Pegamos o voo da Southwest de Dallas para Chicago pela manhã.
Fechamos com a GOAIR o shuttle do aeroporto (Midway) para nosso hotel. Depois do check-in, fomos almoçar no Rainforest Cafe, que ficava próximo, já que estava um dia chuvoso e muito frio. Acabamos não conseguindo cumprir o roteiro nesse dia, que era caminhar por Downtown. Apenas seguimos para o Navy Pier de noite, véspera de natal, com o intuito de jantar, mas estava tudo fechado. Voltamos caminhando e encontramos um restaurante italiano que foi onde tivemos nossa ceia de natal.
Dia 15 – Era Natal e poucas atrações estavam abertas. Seguimos bem cedo para o 360Chicago para ter a vista da cidade de dia. A ideia era passear pelo Water Tower Place e almoçar no Cheesecake Factory, mas estava tudo fechado.
Seguimos para o Lincoln Park Zoo, demos uma volta e resolvemos fazer o roteiro do dia anterior que foi prejudicado pelo clima. Fomos para o Millennium Park, tiramos fotos no The Bean, Crown Fountain, BP Pedestrian Bridge, Jay Pritzker Pavillion.
Antes de escurecer, fomos para o Skydeck com a ideia de chegar ao topo do prédio ainda de dia e ver a cidade se iluminar para a noite. Mas estava muito cheio e não deu certo. Só tivemos a vista noturna (não recomendo, mas depois explico).
Dia 16 – O dia praticamente todo foi dedicado ao Museum of Science and Industry.
À noite, fomos para o Navy Pier, que não conseguimos conhecer por estar fechado no dia 24 de dezembro. A ideia era jantar no Bubba Gump e depois conhecer o local, mas houve um problema entre a polícia e alguns grupos de jovens que frequentavam o píer e acabamos indo embora fugindo da confusão.
Dia 17 – Começamos o dia no Adler Planetarium.
Almoçamos com show de Blues no Buddy Guy’s Legends.
De tarde, passeamos pela Magneficente Mile.
À noite seguimos para o Jogo da NBA no United Center (Chicago Bulls contra New Orleans Pelicans)
Dia 18 – Dividimos o dia entre o Shedd Aquarium e o The Field Museum.
Jantamos a tradicional Deep Pizza no Gino’s East.
Dia 19 – Retornamos para o Brasil. 😦
Veja também:
– Como se locomover em Chicago
– Dicas de Hospedagem em Chicago
– Sugestões de restaurantes em Chicago
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